Velejadores gaúchos salvaram a vida de 11 pessoas
Resgate dos náufragos ocorreu próximo a Camboriú SC

O Comandante Gustavo Erler Lis e sua esposa Claudia Welter resumiram assim o resgate que fizeram no domingo passado:

Um resumo do resgate.
Estávamos eu e Claudia em Porto Belo aproveitando o final de semana. Em nosso retorno para Itajaí, trajeto que deveria levar em torno de 2,5 a 3 horas, o zarpe foi às 13:30 com o vento já virando para Sul.
Toda a região contém muitas redes e barcos de pesca, mantendo alerta sempre a busca por uma bandeira. Em algum momento vimos uma embarcação branca em nossa proa. Não era possível entender seu rumo, se era lancha ou barco de pesca.
Continuamos em nossa asa de pomba e, quando aproximamos, deu para identificar uma lancha e que apenas sua proa estava para fora da água. Ao largo foi possível identificar pessoas na água e objetos flutuando.
Neste momento retiramos as velas e passamos pedido de ajuda no rádio. Deveria ser umas 14:30. Uma outra lancha que estava vindo em nossa direção confirmou a mensagem e que estaria chegando em breve. Marina Itajai também entrou em contato para pegar mais detalhes.
O pessoal já estava um pouco disperso, em grupos de 2 a 3 pessoas, então iniciamos a aproximação por sota jogando a boia circular e trazendo-os à bordo. Pessoal com frio. Neste primeiro resgate, um deles estava bem e mais calmo e pedi sua ajuda então com a boia circular enquanto Claudia ia acomodando e dando cobertores e água para quem subia.
Perguntamos se tinha alguma criança na água e nos informaram que não, também perguntamos em quantos estavam e se tínhamos visada de todos, e a resposta foi positiva. Que bom. Estavam em 11 pessoas.
Continuamos nos aproximando e resgatando, ondas e vento tinham aumentado, e já tínhamos 8 no barco quando a outra lancha chegou. Esta conseguiu se aproximar do último grupo e resgatou este últimos 3.
Pessoal começou a ficar mais calmo, confirmamos com a outra lancha que todos estavam bem e iniciamos nosso retorno. Eles haviam saído de uma marina de Balneário Camboriú e combinamos então de levá-los para lá.
Conversamos pouco até chegarmos na marina. Pessoal agradeceu bastante, trocamos alguns contatos e foram embora se encontrar com os demais que vieram na outra lancha.
Ficamos ali eu e Claudia, arrumando o barco para pernoitar na marina, se olhando e a ficha caindo de tudo que aconteceu e poderia ter acontecido. Podemos dizer que a palavra aqui seja reciprocidade, fizemos o que gostaríamos que fosse feito por nós em uma mesma situação. Segue o jogo…

Velejadores Gaúchos ... 1

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