🇳🇱Após o Império do Japão derrotar os Aliados nas Batalhas do Mar de Java e do Estreito de Sunda em 1942, todos os navios Aliados na região receberam ordens para se retirarem para a Austrália o mais rápido possível.
O pequeno caça-minas holandês HNLMS Abraham Crijnssen estava no local e encarava um possível destino trágico.
Como sua função era caçar-minas, ele tinha pouco poder de fogo, sendo incapaz de fazer frente aos navios de guerra e aviões japoneses. Como último recurso, sua tripulação elaborou um plano extraordinário: transformariam o navio em uma ilha.
Usando redes, galhos de árvores e folhagens, os marinheiros cobriram a embarcação até que ela se assemelhasse a uma selva flutuante. Durante o dia, o navio ancorava perto de ilhas reais, misturando-se na paisagem. À noite, ele navegava lentamente ao longo da costa, escondido na escuridão.
Durante 8 dias e noites tensos, a tripulação viveu entre a esperança e o medo, sabendo que um único erro iria expô-los. Contra todas as probabilidades, em 20 de março de 1942, o navio e seus 45 tripulantes chegaram à Austrália em segurança.
O Abraham Crijnssen foi o único navio de sua classe a sobreviver na região.
Sua história é uma das fugas navais mais incomuns da história, um lembrete de que a sobrevivência na guerra às vezes depende não do poder de fogo, mas da criatividade e da coragem para tentar o impossível.
Atualmente ele está em exposição no Museu Naval Holandês em Den Helder, Países Baixos.



















