1 – Fogo a bordo do “Coral”
Era uma vez… um barco muito feliz, chamado “Coral”, pertencia a Ernesto Neugebauer. Mais tarde passou às mãos de Plínio Werner, com o nome de “Sorimã” e às de Laszlo (foto), com o nome de “Ubá”. Mais recentemente, aí por 1.998, foi adquirido por José Carlos Maio e rebatizado de “Unforgettable”. Está em Tapes, não sei a quem pertence, nem como se chama.
Estavam navegando pela lagoa dos Patos, quando deu-se o seguinte diálogo, entre o comandante e timoneiro Ernesto, e o cozinheiro Lazlo:
– Lazlo – Ernesto, tu tens extintor de incêndio?
– Ernesto – Acho que sim, como está o almoço?
– Lazlo – Ernesto, tu sabes aonde está o extintor?
– Ernesto – Não, mas, e o almoço?
– Lazlo – Ernesto, eu fui acender o fogão e tive um probleminha com a válvula do álcool.
– Ernesto – E daí?
– Lazlo – E daí que o barco está pegando fogo, e eu preciso do extin… Mas aonde tu vais com esta pressa Ernesto?!!!
2 – O enjôo do Walter Bromberg
Esta história ocorreu a bordo do “Sápeca” (é assim mesmo que se pronunciava). Navegando em contravento com destino à Bóia São Simão, marca de regata . A bordo, Lazlo Bohm e Walter Bromberg, co-proprietários do “Sápeca” (um barco de 27′, feito pelos dois); tripulantes: Gilberto Costa e Manoel Calcanhoto (pai da Adriana, que nesta época “cantava” para pedir mamadeira).
Gilberto estava ao leme e os demais saboreavam o almoço. Como de costume, aquela comida “leve” feita pelo Lazlo. Naquela época, aí por 1968, ele estava em boa forma, além de ser mais jovem e, foi quando ele adquiriu o “formato” definitivo, lembrando uma bóia cega.
Manoel estava naquele estado “pré…”, quando se fala pouco, nada é engraçado, e sente-se saudade até do cunhado. Já Lazlo e Walter batiam um papo animado, enquanto esvaziavam os pratos:
Lazlo – Eu só enjoei uma vez até hoje, foi no mar, no “Umuarama III”. Foi culpa da lentilha que o Erwin Bier serviu, muito salgada.
Walter – eu nunca enjoei!
Lazlo – então, tu podes enjoar um dia!
Walter – acho que não, jamais senti o mais leve sinal!
Lazlo – duvido, sempre há uma primeira vez.
Walter – vou te provar que eu não enjôo.
Dito isto, meteu o dedo na goela e vomitou no próprio prato, que tornou a encher-se com o almoço recém ingerido. O pobre do Manoel agüentou na raça.
Lazlo – grande coisa, isso qualquer um faz.
Walter – ainda não terminei, espera um pouco.
E não é que o Walter recomeçou a almoçar, comendo aquilo que acabara de vomitar no prato !!!
Aí o Manoel não agüentou mais, disparou para o cockpit com tal velocidade que o Gilberto teve que segurá-lo para não cair fora do barco. O pobre, após esta demonstração de capacidade “anti-enjoativa”, passou a alimentar os peixes pelo resto da velejada. Gilberto declinou ao convite de almoçar, quando chegou sua vez.
Manoel desinteressou-se pelo esporte, uma lástima.
Gilberto é o “Giba dos Catamarans”, segue ativo.
Moral da história: “Jamais duvide de um alemão!”
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